Sim!...
Sou a cadela traíra
Sentada vulgarmente na sarjeta
Rindo loucamente de tuas injúrias vãs
Sou a biscate mais ordinária
Que se cobre num manto de mentiras
E bebe o vinho sórdido da luxúria
Sou a amante bêbada e poligâmica
Das divagações mundanas da madrugada
Sou a prostituta barata
Dando beijos famintos de lambuja
Pelas esquinas de resquícias ilusões
Represento a indecência, inescrupulosidade
Deitada seminua na escuridão
Ofegante, feroz, desejosa
Saudo-masoquista, descarada
Ladra-assassina de homens e de almas
Herege infamede todo tipo de crença
Idolatrante dos instintos mais sutis
Que se escondem em nosso espírito hipócrita
Blasfemo, xingo, grito, ataco
E agora aqui sangro, olhando nos teus olhos
E confessando-te meus segredos viris
Pois quando olho teus olhos
Vejo-te chafurdado em falsidade
Enquanto que, olhando tu os meus
Verás que ao menos provei da vida
Na absurda liberdade da verdade humana!...
Bizu
Exterminador de formigas
Há 2 semanas
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