Primeiras Rosas Vermelhas

Estou cansada de poesias,
Prosas, poemas e tal.
Mas o mundo é tão frio e distante
Que de meu coração não se pode brotar mais nada
"A gente dá aquilo que a gente é"...
E assim desabrocham meus pensamentos
E florescem minhas ilusões
Como as rosas que agora vejo
Ainda tão frescas e belas
Quanto quando as recebi
Estão mortas... é verdade
Estarei sendo abissal se disser
Que sua morte me trouxe alegria?
Que recebê-las me encheu de juventude?
Elas ainda exalam seu perfume...
Hoje tão belas, amanhã tão secas...
Olho pras rosas e vejo vida, apesar da morte
Vejo o frescor da beleza passageira
E temo em secar e murchar amanhã
Temo que minhas alegrias enegreçam
E que minhas doces lembranças apodreçam
Aqui, semi-engolida pela escuridão,
Admiro o céu estrelado artificial
Do meu baú de mistérios
Eu queria ver um céu de verdade...
Meus pés doem e meus olhos pesam
A mente quer se libertar em sonhos
E não sei como terminar isto...
Terminarei saudosa de momentos tão especiais
E enquanto as rosas exalam seu perfume
Exalo aqui meus suspiros...
Estou viva.
É o que importa.

Bizú